domingo, 21 de outubro de 2007

Buracos no asfalto podem ser tapados usando raios infravermelhos

As equipes de manutenção do asfato das ruas e estradas no Brasil parecem ter um talento especial: eles sempre transformam um buraco em uma lombada. Agora, engenheiros de uma empresa norte-americana desenvolveram um sistema que parece ser à prova desses indesejáveis talentos.
Manutenção de asfalto
À parte a utilização de equipes de manutenção despreparadas, o conserto de vias pavimentadas hoje é feita por um processo demorado e caro: o asfalto é recortado e totalmente retirado, em um diâmetro maior do que o buraco. A seguir o trecho recebe um nova camada de asfalto. O processo funciona bem para rodovias, mas é impraticável nas ruas, porque exige o mesmo aparato de maquinaria que um asfaltamento novo.
Esse é justamente o trunfo do novo equipamento, que é compacto, podendo ser utilizado sem grandes transtornos para o trânsito e a um custo mais baixo. A máquina faz a manutenção do asfato utilizando raios infravermelhos.
Consertando asfalto com infravermelho
A técnica de reparo de asfalto com raios infravermelhos opera fundindo o asfalto, tanto o asfalto velho em volta do buraco, quanto o asfalto novo, que é colocado apenas na quantidade suficiente para preencher o buraco.
A fusão elimina a interface que é criada pelo processo de manutenção tradicional que, além de ser responsável por infiltração de água, transforma-se em uma área de baixa resistência, pronta a gerar um novo buraco.
Outra vantagem é a pequena equipe de manutenção exigida. Normalmente são utilizados de 4 a 5 trabalhadores. Utilizando o equipamento de infravermelho, a manutenção pode ser feita por apenas 2 pessoas.

Equipamento automatizado detecta corrosão e desgaste em peças

Engenheiros de um dos laboratórios do Departamento de Energia dos Estados Unidos desenvolveram um novo sistema totalmente automatizado que é capaz de detectar corrosão e desgaste em peças, mesmo se os problemas estiverem localizados em pontos virtualmente inalcançáveis no interior do objeto.
Utilizando a tecnologia ESD ("ElectroSpark Deposition"), o equipamento aplica uma camada de cobertura - uma espécie de solda - de forma totalmente controlada e sob baixa temperatura, sobre todos os pontos onde a corrosão tiver sido detectada.
Um sensor monitora continuamente a corrente aplicada durante o processo de reparo ou revestimento, o que indica a pressão que está sendo exercida sobre a peça. Sendo totalmente automatizado, o programa que roda no computador do equipamento se encarrega de manter sempre a força de contato em seu nível ótimo, economizando material e maximizando a qualidade do trabalho.
A indústria que lida com revestimentos de cromo tem se deparado com aumento significativo de custos, principalmente devido às questões ambientais. A automação da tecnologia ESD poderá significar redução dessa pressão de custos nos reparos de turbinas de aviões, sistemas hidráulicos e até mesmo em peças automotivas. Além disso, o novo equipamento poderá viabilizar a utilização da técnica em peças que não se adaptam aos equipamentos manuais.
A tecnologia foi licenciada para a empresa Advanced Surfaces and Process Inc., que deverá comercializar o equipamento.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170050406